Dia Mundial da Alimentação(16 de outubro): comer, às vezes, é resistir
Você provavelmente já ouviu a frase:
“A alimentação é a base da saúde.”
Mas… o que acontece quando o corpo está enfrentando um tratamento oncológico?
Quando o cheiro do alimento enjoa, o paladar muda, o apetite some.
Quando comer — algo tão cotidiano — passa a exigir esforço, paciência e coragem.
Nessas horas, alimentar-se deixa de ser automático e se transforma em um desafio físico e emocional.
🥄 Comer vai muito além de nutrir
Para quem está em tratamento contra o câncer, cada refeição pode ser uma batalha silenciosa.
É lidar com o desconforto, o cansaço, a ansiedade, a culpa por “não conseguir comer como antes”.
Nesse cenário, comer é mais do que ingerir nutrientes.
É um ato de resistência.
É preservar a autonomia.
É buscar dignidade, mesmo nos dias mais difíceis.
💬 Escutar antes de prescrever
Na nutrição oncológica, a técnica importa — mas a escuta vem primeiro.
Antes de sugerir um plano alimentar, números ou tabelas, eu escuto.
Porque cada pessoa tem uma história. E cada corpo tem uma fase, um ritmo, um limite.
Cada colher precisa respeitar:
✔️ Seu corpo hoje
✔️ Seus sintomas e efeitos colaterais
✔️ Sua cultura alimentar
✔️ Seu estado emocional
✔️ Sua fase do tratamento
✨ No Dia Mundial da Alimentação, um lembrete:
Se hoje você conseguir se alimentar com menos culpa e mais acolhimento, isso já é saúde.
Se conseguir dar atenção ao seu corpo com respeito, isso já é cuidado.
E cuidado é o que você merece — em todas as fases, inclusive na hora de comer.

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