Segundo estudo realizado na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, as práticas de dieta restritiva, por adolescentes, aumentaram a chance de apresentar comportamentos de risco para transtornos alimentares em 17,26 vezes no sexo masculino e em 12,82 vezes no sexo feminino.
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| Fotos retiradas do site google.com |
Foram avaliados 1167 estudantes do ensino médio, com idade média de 16 anos. Destes, 12,2% apresentaram comportamentos de risco para transtornos alimentares e 31,9% apresentaram algum tipo de prática não saudável para controle de peso. Entre as meninas, houve um aumento da leitura de revistas de dietas para emagrecer que trazem corpos muito magros como ideais de beleza, com isso, as adolescentes podem sentir-se insatisfeitas com seus corpos. Entre os meninos, a influência maior vem do estímulo materno à prática de dietas e a mídia (artistas, modelos), aumentando o desejo de mudar a aparência corporal.
"Relacionado aos transtornos alimentares, dietas restritivas causam privação física e emocional que podem desencadear frustração raiva, ou seja, a pessoa sente-se frustada por não poder comer certos tipos de alimentos, o que, em algum momento, pode levar à compulsão alimentar e esta, por sua vez, ao sentimento e medo de engordar, podendo desencadear comportamentos purgativos (vômito auto induzido, uso de laxantes e diuréticos) compensatórios" ressalta a nutricionista Greisse Viero da Silva Leal, autora do trabalho.
O risco de dietas restritivas na adolescência estão relacionados ao fato de que tais dietas são hipocalóricas, ou seja, não atendem as necessidades nutricionais e podem comprometer o crescimento e desenvolvimento adequados. Segundo Greisse é necessário incentivar o consumo de uma alimentação balanceada, variada e de forma prazerosa aliado a atividade física, sem que seja uma obrigação.
(Fonte: http://www.usp.br/agen/?p=131914)
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